Seu
Jó, homem simples do interior, pensou bem e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro
à justiça.
No tribunal, o advogado do réu começou a inquirir seu Jó:
- O Senhor não disse na hora do acidente: 'Estou ótimo'?
E seu Jó respondeu:
- Bão, vô ti contá o que aconteceu. Eu tinha acabado di colocá minha mula favorita na caminhonete...
- Não pedi detalhes! - interrompeu o advogado - Só responda à pergunta: O Senhor não disse na cena do acidente: 'Estou ótimo'?
- Bão, eu coloquei a mula na caminhonete e tava descendo a rodovia...
O advogado interrompe novamente, dirigindo-se ao juiz:
- Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem.
Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, isso é uma fraude. Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda à pergunta.
Mas, à essa altura, o juiz acabou se interessando pela resposta de seu Jó e disse ao advogado:
- Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.
Seu Jó agradeceu ao juiz e prosseguiu:
- Como eu tava dizendo, coloquei a mula na caminhonete e tava descendo a
rodovia quando uma
picape travessô o sinar vermeio e bateu na minha caminhonete bem du lado.
Nóis fomo lançados pra fora do carro, eu prum lado da rodovia e a mula
pro outro. Eu
tava muito ferido e não podia me mexê. Mais eu podia iscutá a mula
zurrano e grunhino e, pelo baruio, percebi que o estado dela era muito feio.
Em seguida o patrulheiro rodoviário chegou. Ele ouviu a mula gritano
e zurrano e foi até onde ela tava. Depois de dá uma
oiada nela, ele pegou o revorve e atirou nela, sacrificano
o animar. Dispois ele travessô a estrada com a arma na mão, oiô para mim e disse:
- Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela. E o senhor, como está se sentindo?
- Aí eu oiei pra arma dele, pensei, pensei, pensei bem e falei: ...Tô
ótimo!!!
Enviada por Reinaldo, São Paulo, SP, em 01.04.2011, 17:38 h.
Perdido
O
caipira foi para a cidade grande e, de repente, viu-se totalmente perdido.
Aproximou-se
de um sujeito que estava sentado na praça e foi perguntando.
-
Dia, moço. O sinhô pode me dizê donde qui fica a Praça da
Arve?
-
Praça da “Árvore”? - consertou o sujeito.
-
Isso mesmo... Praça da Arve!
-
Fica ali, ó! Na primeira à direita, segue em frente!
Qualquer idiota sabe!
-
Ara... mais é por isso mesmo qui eu perguntei pro sinhô!
Bom
clima
O
caipira, numa pequena cidade do interior, conta ao turista:
-
O clima nesta cidadi é mesmu muito bão!Quandu cheguei aqui, num tinha cabelu, nem conseguia andar.
O
turista fica curioso, pois o homem tinha muito cabelo e um porte atlético:
-
E há quanto tempo você vive aqui?
-
Desdi qui nasci, ora! - responde o matuto.
Novo
funcionário
Depois
de tanta relutância o dono da empresa acaba contratando o caipira para
vigiar seu escritório, em sua ausência.
No
primeiro dia, o dono esteve fora a manhã inteira.Ao chegar, perguntou ao caipira:
-
Alguém esteve aqui?
-
Teve sim senhor!
-
Quem?
-
Eu!
O
empresário, já irritado:
-
Não foi isso que eu perguntei!Eu
quero saber se alguém entrou aqui neste escritório depois que eu saí!
-
Entrou, sim senhor!
-
Quem?
-
O senhor!
Bageu
O
caipira vai a uma estação ferroviária para comprar um bilhete.
-
Quero uma passagem para o Bageu. - solicita ao atendente.
- Não
entendi. O senhor pode repetir?
-
Quero uma passagem para o Bageu!
-
Sinto muito, senhor, não temos passagem para o Bageu.
Aborrecido,
o caipira se afasta do guichê, se aproxima do amigo
que
o estava aguardando e lamenta:
-
Óia, o homem falou que pra você não tem passagem não, Bageu!
O
caipira e a estrada
O caipira estava sentado à
beira de uma estrada, calmamente enrolando um cigarrinho de palha, quando
de repente surgiu um carro em alta velocidade e freou bruscamente,
levantando uma poeira danada sobre o caipira.
Eram dois cariocas e, com ar de
deboche, perguntaram ao caipira:
- E aí TCHÍU, podji mi
inforrrrmá se esssta esssstrada vai prú Riu di Janero?
O caipira com aquela
tranquilidade que lhe é peculiar respondeu:
- Num sei não sinhô.
Mais se esta estrada fô mesmo pru Riu, vai fazê uma falta danada aqui prá
nóis.
Os
elefantes voadores
Dois caipiras estavam pescando
calmamente, quando de repente passaram sobre eles dois elefantes voando,
batendo as orelhas.
Um virou para o outro e disse:
- Ééé cumpadre.
Respondeu o outro:
- Ééé.
Passados uns trinta minutos, mais um elefante passou sobrevoando o local,
mais uma vez um dos caipiras disse
-Ééé.
E veio a resposta de seu compadre.
- Ééé.
Mais vinte minutos passaram... e mais três elefantes, e de novo um dos
caipiras fala:
- Ééé.
E o outro:
- Ééé.
Cinco minutos depois, o primeiro caipira vira para o compadre e diz:
- Ô cumpadre... uma coisa tenho certeza, ...o ninho deles tá qui perto.