Para os que dizem ou pensam que os governos deveriam tratar de assuntos mais importantes em vez de ficar cuidando de multar quem joga papel e bituca no chão, digo que, sem dúvida, os governos devem procurar resolver os problemas mais prioritários, mas que não é pelo fato de ainda não conseguirem resolver estes, que haveriam de abandonar os demais problemas. E a limpeza urbana é um problema. E a imundície nos chãos de nossas cidades é uma vergonha que aponta para a falta de educação e a pobreza de cidadania, além de acarretar enchentes, proliferação de ratos e insetos e o surgimento de doenças para as pessoas.
E sempre uma coisa puxará outra, ou seja, a limpeza dos chãos denotará ordem e promoverá outras ações afins, como a fiscalização das paredes contra as pichações, a identificação e reparo dos buracos nas ruas, o impedimento da atuação de vândalos, de flanelinhas e de cambistas, o policiamento contra a delinquência de todo tipo e a criação e mudança de leis que sejam a favor da ordem que a sociedade precisa para prosperar e ser feliz.
Há cidadãos, cujo nível de consciência até os impele, ao passarem por caminhos com papéis no chão, às vezes, em apanhá-los para jogar no cesto de lixo, e outros que informam o serviço de limpeza da prefeitura para isso. Responsabilizar os que sujam a cidade, para que aprendam a mudar de atitude, é uma forma de fazer isso dar certo.
Parabéns ao município do Rio de Janeiro pela iniciativa de pôr um termo a esse mau costume de seus habitantes e visitantes, com a lei vigente desde o dia 20.08.2013, que multa quem joga lixo ao chão dos logradouros públicos. Que tal proceder sirva de exemplo para outros administradores públicos do país, a começar pelas capitais e grandes cidades.
Que se faça mais campanhas para o conhecimento dessa lei e de seu mérito e que haja bastante cestos para destino do lixo produzido pelos pedestres, de preferência, para coleta seletiva (papel, metal, plástico, vidro, material orgânico). Mas quando não se encontrar cestos nas vias públicas, que cada pessoa mantenha o seu próprio lixo até encontrar um cesto ou até chegar em casa para dar o destino correto.
Pequenos atos individuais de cidadania têm o potencial de alcançar grandes resultados coletivos. E se a lei, por acaso, precisar de algum ajuste, que seja aperfeiçoada; assim como quaisquer possíveis melhoras nos procedimentos de fiscalização e responsabilização. Mas que seja atuante e assim se mantenha. De pouco em pouco, vamos eliminando "toda espécie" de sujeira.
Links relacionados:
- Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.
- Lei Municipal 3273, de 06.09.2001
- EBC Notícias.
- Notícias UOL.
J.R.Jerônimo, 22.08.2013.