O hábito não faz o monge, a disciplina faz.
Eis uma ferramenta utilíssima: disciplina. Enquanto alguns sentem-se incomodados com ela, outros a compreendem e aproveitam-se de sua utilidade para atingir metas e objetivos.
A repetição de atos desenvolve o hábito. Temos, muitas vezes inconscientes, nossos hábitos como consequência de atos que aprendemos, copiamos ou criamos, conforme nossa personalidade e as circunstâncias. Disciplina, no entanto, é a utilização do hábito, de forma consciente e providencial, podendo ter sido planejada ou não, mas sempre visando um ponto a que se quer chegar.
Sem disciplina fica difícil e sofrível qualquer busca. De nada adianta uma empreitada movida por um entusiasmo inicial se não tiver a consistência de uma dedicação contínua. Alguns aspectos disciplinares são fundamentais, como a realimentação dos motivos, a permanência da visão do objetivo e a manutenção do trabalho.
A ausência de disciplina dificulta a concretização de qualquer sonho. A falta dela faz sofrer, porque se não se atinge seus objetivos e nem mesmo algumas metas, a frustração é consequência automática. A angústia de conviver, tantas vezes, com a falta da conquista de resultados desejados é o que experimenta as pessoas que não têm disciplina, em que o tempo passa e elas pouco evoluem.
Edward Earle Purinton, em seu livro Vitórias de um homem de ação, disse: "Poderoso é o homem que é cruel para consigo mesmo." Numa interpretação ipsis literis eu diria que não precisamos chegar a tanto. Mas, bem entendida, a ideia faz sentido. Porque pode ser aplicada no aspecto de conscientização da importância que têm a dedicação e a manutenção do hábito adequado e necessário, ao longo de um projeto, para que não se perca nem o tempo e nem a visão do objetivo. Há que se tornar habitual as atitudes favoráveis, para o sucesso.
Qualquer estrada, por mais longa que seja, se tivermos a disciplina de, no tempo disponibilizado para este fim, dar no mínimo os passos planejados, um após outro, haveremos de chegar com grande probabilidade ao objetivo estabelecido.
A disciplina é a ferramenta amiga dos que querem ter sucesso. Não precisa ser escravo dela, o que seria a prática da interpretação negativa do que disse Purinton. Todavia, há que ser firme, não tenha dúvida, e perseverante também, para continuar o que se começou, uma parte em cada dia, e chegar onde se quer. Com o prazer do trabalho que leva a saborear toda conquista.
Este texto foi extraído do Capítulo 14 - Sucesso,
do livro (ainda inédito) Acima da Vitória, de
J.R.Jerônimo
02.2002.